sexta-feira, 27 de junho de 2008

The Jument Day ... Façam suas preçes...

A cidade de Mossoró vem despontando no cenário mundial, atraindo estudiosos, cientistas, artistas, vagabundos, alienígenas, nerds, emos, seres míticos de toda parte do globo. O interesse pela cidade aumentou devido ao crescimento de fatos e acontecimentos anormais trazendo assim a atenção de todos do mundo para a nossa cidade. Fato comprovado nos diversos posts anteriores, relatando os diversos casos, fatos e eventos que vem acontecendo na cidade tornando-a única e tão invejada pelos demais povos e civilizações existentes no globo.

Casos estranhos e até mesmos sobrenaturais cercam a população de Mossoró, forçando as pessoas a se preocuparem ainda mais com o seu bem estar pessoal. Antes, as pessoas se preocupariam com as contas no final do mês, com a pensão que tem que pagar para as 2 famílias que tem que manter, com o risco de ser morto ao comprar um pãozinho em uma tarde ensolarada de domingo, se o time do coração não será rebaixado, se a filha vai realmente a escola ou se vai matar a aula com um namorado vagabundo e sem futuro, se o filho realmente sai a noite p ir tentar concluir o ensino médio ou se está envolvido com drogas pesadas e liderando uma gangue extremamente violenta, se vc será aprisionado em sua própria cama, apanhará de uma gangue de gatos maquiavélicos, ou atacado por uma série de borboletas verdes vingativas, ou simplesmente desaparecerá por entre as enchentes sendo seqüestrado por alguma sereia Urbana. Agora, mais um motivo insiste em me tirar as noites de sono. A invasão dos jumentos.

Vcs devem estar se perguntando, como? Pq? Onde? Irei responder todos os questionamentos possíveis, evidenciando os fatos, as provas de que Mossoró será invadida por uma legião sanguinária de jumentos mutantes esquizofrênicos.

Chip Carlson, o conhecido apresentador do programa Life Animal’s do canal de tv, Animal Planet, passou meses na cidade de Mossoró estudando a fauna e gravando um documentário para o seu programa de tv. Chip foi o percussor em um novo formato de documentário. Seu programa é sucesso de audiência e ganhador de diversos prêmios, devido a forma como é passada ao público, a vida dos animais. Ele passa dias e as vezes meses, convivendo com os animais, estudando e filmando o seu dia a dia, isso tudo, sem uma equipe de tv o acompanhado. A temporada de sua série de documentários que bateu recorde de audiência, foi a que ele correu sérios apuros filmando a vida dos babuínos mongóis, animais extremamente violentos. Mas ele mal esperava o que estava por vir.

Passaram-se 45 dias desde o inicio das filmagens do documentário que Chip afirmara ser a revelação do século. Algo havia de estranho na forma como ele vinha agindo, algo aterrador despontava em seus olhos. Ele ficara obcecado pela vida dos jumentos, ele queria concluir as filmagens, e agia de forma insana, assustando os moradores de um povoado indígena remanescente que habitava os arredores da base da Petrobrás. Mas algo não permitiu que ele conseguisse obter sucesso e as merecidas gratificações pela conclusão de seu documentário.

Chip desaparecera misteriosamente em setembro de 1999.
Em seu acampamento, no bairro 1 de maio, os investigadores encontraram suas malas e algumas das fitas da filmagem. Tudo foi levado para análise para que talvez, pudessem encontrar alguma pista do invejado aventureiro e desbravador Chip Carlson.

As filmagens revelam que Chip havia se aproximado de um grupo de Jumentos Nômades e que eles apresentavam uma diferença, eles pareciam compreender tudo a sua volta, sentir, pensar em tudo que estava acontecendo, tornando assim, Chip, um sério risco para a vida do bando. Em uma última cena, ele tentara se aproximar do que parecia ser o líder, porém antes de conseguir ao menos uma maior proximidade, ele foi perseguido e exterminado. Mas felizmente durante a perseguição, Chip derrubara a câmera, que ao cair, foi pisoteada e destruída, deixando apenas a pequena fita de vídeo intacta.

Vocês já perceberam como é grande a população dos Jumentos e como eles insistem em cruzar em nossos caminhos, quase gerando algum acidente, quando transitamos pelas estradas, vias e rodovias de Mossoró? Tudo faz parte de um plano maquiavélico...
Pq estão agindo assim? Pq acabaram com a raça do aventureiro Chip? Temos que nos precaver desse perigo eminente. Precisamos unir nossas forças, pois pelo pouco que venho percebendo, a raça humana corre um grande risco. E agora, quem poderá nos defender?

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sentidos Aleatórios


O perigo ronda a nossa vida cotidianamente sempre silencioso e pacato esperando o momento certo para nos surpreender e assim, causar algum problema, seja ele físico, material, sexual, intestinal, hormonal ou emocional, que venha a nos desestabilizar ou até mesmo nos tirar da roda gigante da vida do mundo. Discretamente, ele está embutido, em praticamente todas as nossas ações durante a nossa jornada humana nessa realidade estremecida por diversos aspectos agregadores de valores morais que norteiam a nossa vida até o definhamento do nosso frágil organismo multicelular.

Geralmente quando as pessoas escutam falar em perigo, associam essa palavra a alguma situação que proporciona um risco de algo de ruim acontecer. Fora isso, ela serve também como um meio de pedir a atenção de alguém para alguma determinada conjuntura que pode causar, de alguma forma, algum dano a quem se envolver nela sem os devidos cuidados.

Diante dessa problemática gerada pela palavra “perigo” e considerando os seus sentidos ultrapassados, alguns grupos sociais, obscuros, inseridos na sociedade mossoroense através de portais multicoloridos de energia estática gerada pela queima da mata nativa nas caieiras da região, decidiram criar um simpósio estruturativo e ilustrativo para enfocar uma olhar de uma sociedade modernizada e rica em debates acadêmicos do mais alto nível intelectual, como a mossoroense, para descobrir novos sentidos para a tão famigerada palavra, que sempre gera medo e apreensão nas pessoas, e assim desmistifica-lá do imaginário do povo como algo eminente de coisa ruim.

O simplório simpósio foi publicado recentemente em uma importante revista de circulação cosmopolita denominada Ana Maria. Na revista estão descritos os principais assuntos abordados no encontro, como “A insanidade humana do final do século XX e a contemporaneadade do futebol feminino no velho mundo”, “Instrumentos abrasivos dinâmicos como fonte de satisfação humana, uma utopia vivenciando o passado” e “Localização biopaleontográfica dos marsupiais determinantes na afetividade dos emos e punkeiros”.

Além dos principais tópicos abordados na obscuridade das ruas periféricas e mal iluminadas da cidade, a revista também publica algumas conclusões do encontro e destaca que a palavra “perigo” foi considerada, pelos participantes do simpósio, uma fonte inesgotável de questionamentos planetários e que, nem sempre, ela está associada a uma coisa ruim. Ao contrário disso, concluíram que na maioria das vezes em que as pessoas dizem “isso é um perigo” estão se referindo a coisa boas e geralmente falam a palavra somente para ilustrar que o que pode acontecer é um perigo mas que vai ser bom.