terça-feira, 24 de junho de 2008

Sentidos Aleatórios


O perigo ronda a nossa vida cotidianamente sempre silencioso e pacato esperando o momento certo para nos surpreender e assim, causar algum problema, seja ele físico, material, sexual, intestinal, hormonal ou emocional, que venha a nos desestabilizar ou até mesmo nos tirar da roda gigante da vida do mundo. Discretamente, ele está embutido, em praticamente todas as nossas ações durante a nossa jornada humana nessa realidade estremecida por diversos aspectos agregadores de valores morais que norteiam a nossa vida até o definhamento do nosso frágil organismo multicelular.

Geralmente quando as pessoas escutam falar em perigo, associam essa palavra a alguma situação que proporciona um risco de algo de ruim acontecer. Fora isso, ela serve também como um meio de pedir a atenção de alguém para alguma determinada conjuntura que pode causar, de alguma forma, algum dano a quem se envolver nela sem os devidos cuidados.

Diante dessa problemática gerada pela palavra “perigo” e considerando os seus sentidos ultrapassados, alguns grupos sociais, obscuros, inseridos na sociedade mossoroense através de portais multicoloridos de energia estática gerada pela queima da mata nativa nas caieiras da região, decidiram criar um simpósio estruturativo e ilustrativo para enfocar uma olhar de uma sociedade modernizada e rica em debates acadêmicos do mais alto nível intelectual, como a mossoroense, para descobrir novos sentidos para a tão famigerada palavra, que sempre gera medo e apreensão nas pessoas, e assim desmistifica-lá do imaginário do povo como algo eminente de coisa ruim.

O simplório simpósio foi publicado recentemente em uma importante revista de circulação cosmopolita denominada Ana Maria. Na revista estão descritos os principais assuntos abordados no encontro, como “A insanidade humana do final do século XX e a contemporaneadade do futebol feminino no velho mundo”, “Instrumentos abrasivos dinâmicos como fonte de satisfação humana, uma utopia vivenciando o passado” e “Localização biopaleontográfica dos marsupiais determinantes na afetividade dos emos e punkeiros”.

Além dos principais tópicos abordados na obscuridade das ruas periféricas e mal iluminadas da cidade, a revista também publica algumas conclusões do encontro e destaca que a palavra “perigo” foi considerada, pelos participantes do simpósio, uma fonte inesgotável de questionamentos planetários e que, nem sempre, ela está associada a uma coisa ruim. Ao contrário disso, concluíram que na maioria das vezes em que as pessoas dizem “isso é um perigo” estão se referindo a coisa boas e geralmente falam a palavra somente para ilustrar que o que pode acontecer é um perigo mas que vai ser bom.

3 comentários:

  1. Muitos convivem com o perigo sempre em seu rastro, no seus calcanhares.Gostei muito de sua definição do perigo, ilustre amigo e posso lhe afirmar que sou uma dessas pessoas. Pessoas que gostam de viver perigosamente tendem a somar a uma parcela estatística de um grupo feudal transtornado e eminente que insiste em dominar e sobrepor as classes que se repudiam e evitam andar em parceria com tal definição ambigua e quase tão singular como a morte.

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  2. aeuhaeuhaeuhehua porra é isso!!! aehuaeuh

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  3. tbm axo que ten um bocado de coisa perigosa boa :D

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